→ Arqueologia do cotidiano: objetos de uso, André Parente e Katia Maciel
→ Alô, é a Letícia?, André Parente
→ A medida da casa é o corpo, Katia Maciel
→ A videoarte de Letícia Parente, Rogério Luz
→ A terceira via. Entrevista, Fernando Cochiaralle
→ Um mundo aparente, Jorge La Ferla
→ Eu mundo de mim, Clarissa Diniz
→ Persistência da consciência: marcas da identidade, Cristina Tejo
→ Letícia Parente: a videoarte como prática da divergência, Luiz Cláudio da Costa
→ Retrato de Letícia Parente, Fernando Cocchiaralle
→ Medidas, por dentro e por fora, Roberto Pontual
→ O corpo inscrito na criação poética de Letícia Parente, Kathleen Raelle de Paiva Silveira.
→ A figura humana na obra de Letícia Parente: Traços, medidas e proporções, Manoel Silvestre Friques
→ As três gerações do vídeo Brasileiro, Arlindo Machado
→ A vídeoarte no Brasil: Uma perspectiva histórica, Thamara Venâncio de Almeida
→ O primeiro vídeo de Letícia Parente: A parede de um edifício chamado Brasil, Katia Maciel
→ Letícia Parente: Embodying New Media Art Strategies in 1970s Brazil, Paulina Pardo Gaviria
→ Testemunho sobre a vídeo-arte no Brasil, Cacilda Teixeira da Costa
→ O "MAC do Zanini", videoarte e pioneiros: 1974-1978, Carolina Amaral de Aguiar
→ Participação e interatividade em vídeo-instalações, Roberto Moreira da S. Cruz
→ 8th International Vídeo Art Festival
→ Mostra A Subversão dos Meios
→ A Carne da imagem, Marisa Flórido Cesar
→ Vias distorcidas: Costuras, ressignificações e a sensibilidade que se renova com o tempo, Daniela Castro
→ Origens, registros e deslocamentos em Marca registrada, Manoel Silvestre Friques
→ O corpo em primeiro plano - Uma análise do vídeo Marca Registrada de Letícia Parente, Regilene Aparecida Sarzi Ribeiro
→ Corpo, videoarte e o papel das linguagens midiáticas na construção de sentido e visualidade das artes visuais, Regilene Aparecida Sarzi Ribeiro
Arqueologia do cotidiano: objetos de uso
André Parente e Katia Maciel
Cabide, tábua de passar, balaio, armário, seringa, linha e agulha, caderno de vacinação, cartões perfurados, carimbo são alguns dos objetos de uso de Letícia Parente. Professora e química, pesquisadora e artista, Letícia decompõe e recompõe seu cotidiano em um laboratório inaugural na arte brasileira.
Letícia viveu em Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro e construiu, a partir daí, um mapa particular que mistura várias sensações de Brasil.
A artista gerou um repertório experimental único ao transitar entre a pintura e a gravura, a fotografia e o audiovisual, o vídeo e a instalação, a arte cinética e os mais inusitados objetos, com acuidade científica. Longe das determinações da forma e da racionalidade da ciência, Letícia busca os limites dos processos da arte: um exemplo está na tentativa do envio de si mesma, pelo correio, para a 16a Bienal de São Paulo, ato de radicalização da arte postal daquele momento.
A curadoria se baseou na pesquisa dos arquivos de obras, textos e escritos de Letícia Parente, projetando para a exposição itinerante uma visão retrospectiva de seus trabalhos, que se estende por cada uma das três cidades em que ela viveu.
No Oi Futuro do Rio de Janeiro, a exposição reúne o conjunto dos vídeos da artista baiana e ainda o audiovisual Armário de mim. Nela, a casa e o corpo são os dois principais eixos de investigação com os quais Letícia opera para indicar uma arqueologia do cotidiano, e a situação cultural, política e social de um Brasil costurado na planta do pé.
No Museu de Arte Moderna de Salvador, além do conjunto de vídeos instalados no casarão do Solar do Unhão, escolhemos mostrar, na capela, a instalação De aflicti, em montagem inédita: a projeção ocupa o altar, enquanto as fotografias que compõem o vídeo são apresentadas nos arcos laterais.
No Museu de Arte Contemporânea de Fortaleza, reunimos as obras a partir de um corte transversal baseado nas séries território, casa, mulheres e corpo, inventariadas pela artista, que misturam audiovisual, arte xerox e postal, objetos e instalações.