Arte postal: produção de vídeo

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A gravação dessa primeira ação do vídeo, essa série, foi destinada a arte postal da XVI Bienal de São Paulo deveria ter sido gravada numa agência de correio. A pequena agência de correio que nós procuramos no primeiro dia, não foi possível apoiar esse trabalho porque a diretora ficou com receio e telefonou para o diretor geral do Instituto dos Correios em Jaguaré, o coronel (nome) pedindo licença para a gravação e para a colaboração de uma funcionária na gravação e na carimbagem do meu rosto, da minha testa com o carimbo do correio. Tentamos falar com o coronel, diretor do correio geral, durante todo o dia. Ao final da manhã, o seu secretário nos disse que havia uma autorização de fazer essa gravação na agência do correio São João e que lá nós deveríamos procurar o Sr. Aloísio. No dia em que deveria ser feita, então, a referida gravação, como Sr. Aloísio não estivesse lá, nos remeteram de novo ao diretor geral e o processo de burocracia começaria da estaca zero. Recusamos, então, a servir de peteca burocrática e concluímos, tristemente, que o correio não quis participar como um dos canais de comunicação, de veiculação entre a produção da mensagem e aqueles que vão ouvi-la e vê-la. Tristemente, ele mesmo está se rotulando como mero transportador de cartas. O processo seguinte poderia ser feito no correio, o endereçamento do papel que iria trazer o vídeo que gravou essa ação de endereçamento do meu rosto e de carimbagem da minha testa. Na testa dessa imagem deverá caber o carimbo do correio e a tomada caberia esse outro pensamento, esse papel, que conduzirá o vídeo cassete à sessão de arte postal da XVI Bienal de São Paulo. Infelizmente, o correio se recusou a ser um instrumento de difusão cultural para ser um mero transportador de carga.